quarta-feira, 21 de julho de 2010

Afeto e escola para vencer vício

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Conferencista mexicano diz que dependente químico precisa ser acolhido e cercado de hábitos saudáveis para resistir ao tóxico

Zero Hora - KAMILA ALMEIDA

Atrair em vez de repelir. Esta é a máxima adotada pelo psicólogo e terapeuta familiar mexicano Ricardo Sánchez Huesca quando o assunto é o trato com os usuários de drogas. Durante o encerramento do 1º Congresso Internacional Crack e Outras Drogas, ontem, em Porto Alegre, Huesca apresentou fatores de risco que levam ao uso de entorpecentes.
O especialista aposta na afetividade para recuperar um dependente químico e diz que a escola pode ser um ambiente de resgate.

– Pais, professores, supervisores escolares devem ser ensinados a acolher o dependente químico, pois o viciado precisa se cercar de coisas saudáveis, se divertir para resistir ao consumo de drogas. Mas, para que isso ocorra, as famílias dos colegas, devem estar bem preparadas para lidar com a situação – diz.

Em contrapartida, o terapeuta relata que é no grupo de amigos que as crianças se espelham. Por isso, os pais precisam ficar atentos aos relacionamentos dos filhos.

Segundo o psicólogo, não é difícil estudar casos graves, pois são minoria.

– É mais do que um problema de saúde. É também um problema econômico e de estrutura social. É preciso ensinar o jovem a dizer não aos amigos e a ter autoestima – afirma.

Especialistas em combate às drogas do México, Colômbia, Argentina e Brasil dividiram experiências com os mais de mil participantes de nove Estados brasileiros durante os quatro dias do evento, que foi realizado no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

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